Nalva Araújo


Beleza. Tema este, que sempre gera alguma reflexão... É fato de que beleza para o homem é bem diferente do que é para mulher, em virtude de sua subjetividade, claro. Porquanto, o conceito de beleza é bem amplo, sendo que há nele um princípio fundamental: os olhos de quem vê... Indubitavelmente, a beleza não está, ela é, e por ser, é a essência que faz com que algo seja belo. Desta forma, também deixa de vir a ser... Certamente, a origem de se responder a um elogio com: "são seus olhos", fundamenta-se daí. Ela não está simplesmente no que se vê, mas também nas vistas do olhante.

O belo substantivo contém vários sinônimos, e não encerra-se na palavra "beleza", como a entendemos... Há vários deles a serem citados, contudo, é desnecessário, pois supõe-se que todos têm uma ideia de quais são. Todavia, se a beleza fosse apenas o que as vistas alcançam, o que causa êxtase, então seria estranha à humanidade, dado que somos perecíveis, e ela em nós dura tão pouco... Contudo, a palavra cuja sinonímia está em beleza é inteligência, e nesta, a resiliência: qualidade de certa matéria  que resiste ao choque, das quais a capacidade de voltar a forma original, ou seja, de adaptação, sobretudo. 

Essa destreza de que vos falo é encantadora! Qual, o saber se expressar, saber das coisas, saber que não se sabe, enfim, saber que "está" para saber, então, deduz-se que uma outra face da beleza da inteligência seja a humildade. Não, não era o tema beleza a discorrer, a princípio, mas sim inteligência, e esta é significativa, amplia-se ao emocional e ao espiritual. Define-se Inteligência então, como a forma com que lida-se com a vida e as adversidades a que ela nos impõem. A flexibilidade. A sistematização. Ferramentas trazidas de outrora: o transformar pau em brasa, a pedra em faca e etc... Por fim, a necessidade do fogo! O poder de absorção do ser humano diz de sua inteligência. 

Para Piaget em sua "Epistemologia Genética" o processo cognitivo se dá por meio de maturação e interação, de fases subsequentes: assimilação, acomodação e equilibração, ou seja, o sujeito interage com o meio, absorve e reorganiza-o a partir de sua interpretação de mundo, como disse Paulo Freire, ( O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim...).E para tal, respeita-se as fases de amadurecimento e o conhecimento pré-existente, pois há que haver um ponto de ligação, neste caso, assimilar é associar algo e inferir a esse algo, porquanto, algo que deve vir a ser algo mais.

Em estudos realizados pelo psicólogo "Howard Gardner", há 7 tipos de inteligência, e que o evento não ocorre na mesma proporção nos indivíduos, mas que, há sim uma combinação, que em alguns destaca-se em grau. Explicação para os ditos "burros" darem-se bem na vida. São elas: Inteligência Linguística, Lógica, Motora, Espacial, Musical, Interpessoal e Intrapessoal. Segundo ele, as predominantes e mais comuns são as que estão aqui descritas na ordem da esquerda para a direita, e de relevância contrária. Poderia aqui estender-me a diversos filósofos, entretanto, vou deixar para uma outra, (quem sabe?), futura divagação... 

Tem a ver com genética, e também é sócio-cultural, como destaca Vygotsky, pois o meio corrobora em substância. Ainda que a minha seja limitada, tenho alguma dificuldade de relacionamento com quem não a tem aflorada, mesmo que haja em mim uma certa compaixão por aqueles não agraciados por ela... Porém, creio que ela brota ao "querer saber", e nisso há grande relevância... Citar inteligências é como citar belezas. Para mim, a desenvoltura, a forma de organizar o pensamento é a mais completa inteligência, portanto, a beleza que não envelhece: aprimora-se. 


Nalva Araujo


Fontes de pesquisa:
http://minilua.com/7-tipos-inteligencia-sua/
http://www.jornaljovem.com.br/edicao15/convidado12.php
Revista FACEVV | 1º Semestre de 2009 | Número 2 | p. 22-35
http://monografias.brasilescola.com/psicologia/piaget-vygotsky--diferencas-semelhancas.htm


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