Preciso caminhar meus passos,
descobrir as novas sendas,
minhas reais possibilidades,
não perder-me em velhas lendas;
Preciso cheirar o bom esterco,
e apear meus bois pelo rabo,
amassar meu próprio barro,
e erguer-me de vez do charco;
Preciso futurar-me sem ilusão,
achar-me num outro espelho,
desenferrujar os meus joelhos:
terror que me vem em aluvião;
Preciso me olhar por dentro,
descobrir o que inda me resta,
além do caos do pensamento:
a minha pequena luz na fresta...
Nalva Araújo
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