Nalva Araújo
É como se retivéssemos esperanças, procurando explodir, e,
por essa razão, sofres a impossibilidade transitória de alcançar o
ideal a que te propões.

Queres realizar os melhores sonhos, aspiras ao estudo edificante
do Universo, anseias atingir as culminâncias da Ciência e da
Arte, atormentas-te pela aquisição da felicidade e choras pela
integração da própria alma no amor supremo...

Entretanto, quase sempre tens ainda o coração preso à dívida, à
feição do diamante engastado ao seixo.
Há problemas que solicitam toda uma existência de renúncia
constante, para que o fio do destino se alimpe e desembarace.

À vista disso, não desertes da prova que te segrega, temporariamente,
na grande tribulação.
O lar pejado de sacrifícios, a família consangüínea a configurar-
se por forja ardente, a viuvez expressando exílio, a obrigação
qual golilha atada ao pescoço, o compromisso em forma de algema
e a moléstia semelhando espinho na própria carne constituem
liquidações de longo prazo ou ajuste de contas a prestações, para
que a liberdade nos felicite.

Resgata, pois, sem revolta, o próprio caminho.
Enquanto há inquietação na consciência, há resto a pagar.
Agradece, assim, as dificuldades e as dores que te rodeiam.
Cada existência, no plano físico, pode ser um passo adiante,
que te projete na vanguarda de luz.

Misericórdia na Justiça Divina, consolações inefáveis, braços
amigos, diretrizes renovadoras e auxílio constante não te faltam,
em tempo algum; contudo, está em ti mesmo aceitar, adiar, reduzir,
facilitar ou agravar o preço da tua libertação.

Francisco Cândido Xavier – Justiça Divina – Pelo Espírito Emmanuel





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