Nalva Araújo
Um dia de manhã, depois da sua palestra aberta ao público, o Dalai-Lama seguia por um pátio externo no caminho de volta ao seu quarto no hotel, cercado pelo séquito de costume.


Ao perceber uma camareira do hotel parada perto dos elevadores, ele parou para perguntar de onde ela era.
Por um instante, ela pareceu surpresa com aquele homem de aparência exótica, de vestes marrom-avermelhadas, e demonstrou estar intrigada com a deferência do séquito.


Depois, ela sorriu. - Do México - respondeu com timidez.
O Dalai-Lama fez uma rápida pausa para falar alguns instantes com ela e então seguiu adiante, deixando-a com uma expressão de enlevo e prazer.


No dia seguinte, à mesma hora, ela apareceu no mesmo local com outra integrante da equipe de camareiras, e as duas o cumprimentaram calorosamente enquanto ele ia entrando no elevador.
A interação foi rápida, mas as duas pareciam radiantes de felicidade enquanto voltavam ao trabalho.


Todos os dias daí em diante reuniam-se a elas mais algumas camareiras no local e horário designado, até que no final da semana já havia ali dezenas de camareiras, nos seus uniformes engomados em cinza e branco, formando uma linha de recepção que se estendia ao longo do trajeto até os elevadores.

(Esse é um trecho do Livro - A arte da felicidade- de Dalai Lama).
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