Nalva Araújo



"Sê como um Rio,que não cessa de correr ... e ainda que se parta em pequenos córregos e riachos, deixa beleza ao longo do caminho... Nalva Araújo]


O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.

Mais adiante, o que era um pequeno rio dividiu-se em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes. A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.

A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo. De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. 

Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:

“Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”


 [Contos e Lendas Sufi]
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