Nalva Araújo

Indagavas quanto ao Grande Porvir.
A Doutrina Espírita sossegou-te as ânsias, explicando que te
encontras provisoriamente no mundo, a serviço do próprio burilamento,
para a imortalidade vitoriosa.
*
Perguntavas sobre os amargos desajustes entre corpo e alma,
quando a enfermidade ou a mutilação aparece.
A Doutrina Espírita asserenou-te a aflitiva contenda íntima,
explicando que a individualidade eterna se utiliza, temporariamente,
de um corpo imperfeito, como alguém que se vale de instrumento
determinado para determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
*
Inquirias com respeito à finalidade dos problemas domésticos.
A Doutrina Espírita harmonizou-te o pensamento, explicando
que o lar é instituto de regeneração e de amor, onde retomas a
convivência dos amigos e desafetos das existências passadas, para
a construção do futuro melhor.
*
Interrogavas em torno dos entes amados, além do túmulo.
A Doutrina Espírita dissipou-te as dúvidas, explicando que o
sepulcro não é o fim, tanto quanto o berço não é o princípio, e que
toda criatura, ao desenfaixar-se dos laços físicos, prossegue na
marcha de aprimoramento e ascensão, do ponto em que se achava
na Terra.
*
Interpelavas o campo religioso, acerca da Justiça Divina.
A Doutrina Espírita suprimiu-te a inquietação, explicando que
Deus não concede privilégios e que, em qualquer estância do Universo,
a alma recebe, inelutavelmente, da vida o bem ou o mal que
dá de si própria.
*
Torturavas a mente, qual se devesses respirar em cárcere de
mistério, toda vez que cogitavas das questões transcendentes da fé.
A Doutrina Espírita acalmou-te, explicando que ninguém pode
violentar os outros, em matéria de crença, acentuando, porém, que
toda fé, para nutrir-se de luz, deve ser raciocinada, em bases de
lógica, porquanto, diante das Leis divinas, cada consciência é
responsável pelos próprios destinos.
*
É necessário valorizar a Doutrina que, generosamente, nos valoriza.
Sustentar-lhe a integridade e a pureza, perante Jesus que a
chancela, é procurar o nosso aperfeiçoamento e trabalhar por nossa
união.
 
Francisco Cândido Xavier – Justiça Divina – Pelo Espírito Emmanuel
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