Nalva Araújo
Há quem deseje tranqüilidade ideal na Terra, com a pretensão
de fugir ao erro.
Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
Fontes claras, correndo perto, e jardim florido.
Clima doce e perfume da natureza.Nenhum aborrecimento.

Nenhum cuidado.

Falta alguma.

Problema algum.

Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte,

em poltronas e redes.

No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades

se aperfeiçoam.

Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros

da experiência mais nobre, é nos serviço do amparo mútuo e

da tolerância recíproca que havemos de transformá-lo em bem

duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras de

ontem para convertê-las na luz de hoje.

Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor,

e, escravizados aos compromissos expiatórios, estaremos acorrentados

uns aos outros no instituto da reencarnação, segundo a Lei,

para anular o pior que já foi feito por nós mesmos nas existências

passadas.

Ninguém progride sem alguém.

Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.

Trabalho é ascensão.

Dor é burilamento.

Toda adversidade avisa, todo sofrimento instrui, todo pranto

lava, toda dificuldade e toda crise seleciona.

Virtude solitária é pão na vitrine.

Competência no palanque é usura da alma.

Todos somos alunos na escola da vida.

E ninguém consegue aprender sem dar a lição.
 
Francisco Cândido Xavier – Justiça Divina – Pelo Espírito Emmanuel



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